segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Médicos se recusam a cumprir jornada e são afastados do Mais Médicos em AL


Dois profissionais brasileiros que se

apresentaram nesta segunda-feira (2) foram

afastados do programa Mais Médicos antes

mesmo de iniciarem a atuar. As dispensas

ocorreram em duas cidades de Alagoas. Os casos

ocorreram nos municípios de Branquinha (a 65

km de Maceió) e Penedo (a 160 km da capital) e

serão notificados ao Ministério da Saúde.

Segundo o Conselho dos Secretários Municipais

de Saúde de Alagoas, os dois profissionais se

apresentaram, mas afirmaram que apenas iriam

cumprir 40% da carga horária prevista no

programa de 40 horas semanais.

Segundo a presidente do conselho, Normanda

Santiago, as duas secretarias se recusaram a ficar

com os profissionais logo após serem

comunicadas das propostas. "Em Branquinha, o

médico disse que iria ficar apenas 16 horas

semanais. Mesmo caso em Penedo, em que a

profissional veio do Rio de Janeiro e disse

também que queria cumprir apenas 16 horas. Os

municípios negaram e só querem médicos

dentro do que foi preconizado pelo Ministério da

Saúde", disse Santiago.

Segundo o conselho, os casos serão

comunicados à coordenação do programa Mais

Médicos nesta terça-feira (3), que decidirá sobre a

exclusão dos dois inscritos. Os nomes dos

profissionais não foram revelados.

Ainda segundo o Conselho, outros dois

municípios que estavam na lista de 10

contemplados com médicos brasileiros também

não receberam médicos nesta segunda-feira (2).

Coité do Noia (a 120 km de Maceió) conseguiu

contratar um médico antes da chegada do

inscrito no programa.

Já em Barra de Santo Antônio, na Grande Maceió,

os gestores não conseguiram finalizar o termo de

adesão ao programa e perderam o profissional

que selecionou o município.

Ao todo, 13 médicos deveriam ter iniciado

atuação em Alagoas em 10 municípios, nesta

segunda-feira (2). A expectativa do conselho

agora é para a chegada de oito cubanos que

devem atuar no Estado, além de outros dois

profissionais estrangeiros.

Santiago, porém, descartou acordo com

profissionais. "Nós estamos dispostos a atender

as demandas dos municípios no Estado, mas

apenas com o cumprimento da carga horária.

Acho louvável o que os secretários fizeram, o que

mostra o interesse que o programa dê certo",

finalizou.

A assessoria de o

Ministério da Saúde informou que o edital é claro

ao informar que o médico deve cumprir 40 horas

de trabalho.

O órgão informou ainda que quem não se

dispuser a cumprir será automaticamente

dispensado do programa. Ainda segundo a

assessoria, nenhum outro caso similar de recusa

de cumprimento de carga horária havia sido

informado até a noite desta segunda-feira (2).

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