O Irã e as potências do Grupo 5+1 têm"sérias diferenças" nas negociações nucleares, afirmou neste sábado o vice-presidente iraniano das Relações Exteriores para Assuntos da Europa e EUA, Majid Tajte Ravanchi, em declarações divulgadas pela agência oficial iraniana de notícias "Irna"."As diferenças entre nós e o G 5+1 (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) seguem sendo sérias. Mas se a outra parte tiver boa vontade, nós tentaremos alcançar um acordo antes de 24 de novembro", disse Ravanchi, em referência à data teto que foi fixada pelas partes em julho.Segundo o vice-ministro, nas recentes negociações bilaterais com os membros europeus do Grupo 5+1 em Viena e o diálogo bilateral com os EUA realizado em Genebra não foi negociado sobre o conteúdo do texto final, já que não se tratou "sobre temas que terão uma grande influência para chegar a um acordo" definitivo.Durante estes diálogos separadamente com Washington, Paris, Berlim e Londres, "as opiniões não se aproximaram muito e as diferenças nos temas sérios permanecem", explicou.O vice-ministro reiterou que Teerã tem boa vontade para chegar a um acordo, embora precisou que não está disposto para isso "a pagar qualquer preço".Na próxima semana, os ministros do G5+1, formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança daONU mais Alemanha, e o Irã se reunirão em Nova York que ocorrerá em paralelo a Assembleia Geral da ONUTeerã ainda não confirmou se, da mesma forma que no anopassado, o presidente, Hassan Rohani, viajará para representar seu país no discurso perante a Assembleia.O líder também evitou se pronunciar sobre uma eventual conversa com o presidente americano, Barack Obama, comquem Rohani falou por telefone durante a mesma reunião no ano passado, no primeiro diálogo desse nível entre os dois países desde 1979."Caso o presidente viaje, manterá reuniões com presidentes de outros países", se limitou a avançar Ravanchi.Em novembro, após a chegada de Rohani ao poder em agosto de 2013, o Irã chegou a um pré-acordo com a comunidade internacional, representada pelo G5+1, para impulsionar negociações que deveriam terminar em novembro com um pacto que ponha fim a mais de uma década de enfrentamentos e sanções internacionais devidoao programa nuclear iraniano.Alguns países, liderados pelos EUA temem que o Irã pretenda desenvolver um programa atômico militar, enquanto Teerã assegura que é exclusivamente civil e exige seu direito a desenvolver a energia nuclear pacífica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário