domingo, 11 de agosto de 2013

Agridoce - 130 Anos


Caro é transformar-se num arremedo de si

próprio

A ponto de nem se reconhecer mais

Hoje eu tenho 130 anos e isso não estava nos

meus planos

Você sabe a desordem é tenaz

Tantos laços, tantas amarras

Os controles, pretensões

Nada adianta se o vento não soprar

Esse vento sob minhas asas eu não mando mais

em nada

Sei que é alto, mas eu vou pular...

O que todos vão dizer? e aonde vão chegar?

Nem os olhos podem ver

Decidido eu não volto pra casa

Ao lar que ocupe todas as palavras

Que a vontade conseguir pensar

Segue o vento sob minhas asas

Eu não mando mais em nada

Eu sei que é alto, mas eu vou pular...

O que todos vão dizer? e aonde vão chegar?

Nem os olhos podem ver

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