quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Emerson Sheik é absolvido de acusação de lavagem de dinheiro e contrabando
O atacante Emerson Sheik foi considerado
inocente no processo envolvendo ligação em
contrabando de carro importado e lavagem de
dinheiro. A 3ª Vara Criminal da Justiça Federal do
Rio de Janeiro comunicou a decisão. O Ministério
Público recorrerá.
A absolvição ocorreu por falta de provas que
incriminassem o atacante. O juiz Federal Titular
Fabrício Antonio Soares publicou a decisão de
absolver Emerson.
“Ante todo o exposto, julgo improcedente a
pretensão punitiva estatal para absolver o réu
Marcio Passos de Albuquerque (Emerson),
qualificado nos autos, das imputações feitas na
denúncia, com base no art. 386, V e VII, do Código
de Processo Penal”.
O Ministério Público abriu processo após compra
efetuada por Emerson em outubro de 2010. Na
ocasião, o jogador adquiriu BMW X6 em
negociação que envolveu o meio-campista
Diguinho, também denunciado pelo MP.
Diguinho processou Emerson sob a alegação de
que foi enganado na compra de um veículo
supostamente ilegal. Curiosamente, os agora
inimigos Diguinho e Emerson se encontrarão
nesta quarta-feira, no duelo entre Fluminense x
Corinthians, no Maracanã.
Segundo o MP, o crime de lavagem de dinheiro
ficou evidenciada. Sheik comprou um BMW X6, cor
branca, por R$ 200 mil (R$ 160 mil e mais R$ 40
mil em IPI) em 29 de outubro de 2010, da Rio
Bello. Quase dois meses depois, o atacante
negociou seu veículo para a mesma Rio Bello e
pelo mesmo preço (mas sem o IPI).
No mesmo dia em que Sheik se desfez do veículo,
Diguinho efetuou a compra do BMW X6 pelo
mesmo valor. Vinte dias depois, o volante do Flu
revendeu o veículo para a mesma Rio Bello. Horas
depois, Diguinho recomprou o automóvel da Rio
Bello.
A ação é típica de lavagem de dinheiro, onde é
injetado dinheiro sujo para recebimento de
dinheiro ou bem legal, concluiu o MP.
Em depoimento ao MP, o atacante corintiano não
soube explicar por que a venda do veículo para
Diguinho representou R$ 315 mil, mas na nota
constava R$ 200 mil. Na ocasião, afirmou que não
tinha visto a nota e que um amigo chamado
Caetano costuma fazer suas transações de
veículos. Caetano (cujo sobrenome não foi
revelado) rebateu e disse que jamais negociou
para o atacante. Já Diguinho reconheceu ao MP a
diferença dos valores.
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