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A definição da taxa Ptax de fim de
mês norteia os negócios com câmbio na
manhã desta quinta-feira, visando a
liquidação dos vencimentos cambiais em 1º de
março. Os investidores devem aproveitar o
debate sobre a política monetária brasileira
para pressionar o dólar ainda mais para baixo
ante o real, ao mesmo tempo que a moeda
norte-americana perde terreno no exterior em
meio a declarações do presidente do Federal
Reserve, Ben Bernanke, de manter os
estímulos econômicos. Mas, a expectativa
pelos dados econômicos nos Estados Unidos e
por um acordo que evite os cortes de gastos
orçamentários do governo Obama pode trazer
volatilidade aos mercados financeiros ao
longo do dia.
Por volta das 9h25, na BM&F Bovespa, o
contrato futuro do dólar para março caía
0,20%, cotado a R$ 1,9695. No mercado de
balcão, o dólar à vista era cotado na mínima
do dia, em baixa de 0,20%, valendo R$ 1,969,
mesmo depois de já ter caído 0,55% na sessão
de ontem, valendo R$ 1,973.
Profissionais das mesas de câmbio afirmam
que o que dita o comportamento dos negócios
domésticos até o início da tarde é a formação
da taxa Ptax ao final de fevereiro, com os
bancos e investidores estrangeiros tentando
trazer o dólar ainda mais para baixo, em
razão da posição vendida (aposta na queda)
em derivativos cambiais no mercado futuro.
Soma-se à essa expectativa o discurso afinado
da presidente Dilma Rousseff e de integrantes
da equipe econômica e do Banco Central com
relação ao compromisso de controlar a
inflação e estimular o crescimento
econômico. Essa percepção, afirmam os
profissionais, abriria espaço para um real um
pouco mais valorizado.
Porém, um operador de uma corretora
paulista lembra que o dólar está no meio do
caminho, entre a faixa de R$ 1,95 a R$ 2,00,
o que poderia instigar eventuais intervenções
do Banco Central no mercado cambial, caso a
cotação se aproxima do piso ou do teto.
Portanto, afirma ele, o "dólar não deve ir
nem muito para cima, nem muito para baixo".
Outro operador, de uma tesouraria de banco,
lembra que os mercados no exterior estão
menos avessos ao risco, com os recentes
compromissos dos presidentes dos bancos
centrais dos Estados Unidos (Fed) e Europeu
(BCE), Bernanke e Mario Draghi, de manter os
estímulos econômicos e uma política
monetária frouxa. No horário acima, o euro
caía a US$ 1,3112, de US$ 1,3139 no fim da
tarde de ontem. Já o dólar era cotado a 92,20
ienes, de 92,17 ienes na véspera.
Na agenda econômica do dia, a segunda
leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos
EUA no quarto trimestre de 2012 é o
destaque. O dado sai às 10h30, quando
também serão conhecidos os pedidos
semanais de auxílio-desemprego feitos no
país. Às 11h45, o ISM de Chicago informa o
índice de atividade industrial em fevereiro e,
às 13 horas, é a vez da unidade de Kansas City
do Federal Reserve informar o índice regional
de atividade, também referente a este mês.
Ainda no mesmo horário, o índice futuro do
S&P 500 subia 0,16%, com os investidores
alimentando esperança de um acordo de
última hora para entrar que entre em vigor o
corte automático de gastos, como o visto
quando o problema era o abismo fiscal.
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