quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Discos que tinham tudo para dar certo, mas deram MUITO errado

PENETRATOR – Ted Nugent
Aqui está um caso clássico de artista que
tentou adaptar seu som a um molde rasteiro,
do qual nunca desejou fazer parte.
Mesmo contando com uma ótima banda de
apoio – o pesadíssimo batera Bobby Chouinard
criou fama ao lado de Billy Squier, juntamente
com o tecladista Alan St. John -, Nugent se
deixou levar pelo desejo de tocar nas rádios
americanas mais populares e criou canções
patéticas, perfeitas para os vocais “sou um
bom moço” do vocalista Brian Howe, que mais
tarde ajudou a estragar o som do Bad
Company quando Paul Rodgers pegou seu boné
e se mandou.
A produção é excessivamente limpa e cheia de
efeitos horríveis, as letras são pavorosas e até
mesmo Nugent parece buscar se esconder
atrás de teclados pomposos e cafoníssimos,
características marcantes de quem entra no
pavoroso mundo do "AOR".
SIOGO – Blackfoot
Quando se soube que o fantástico Ken Hensley
(ex-Uriah Heep) havia entrado para esta
maravilhosa banda de southern rock
capitaneada pelo tresloucado Rickey Medlocke
e transformado o grupo em um quinteto, a
ansiedade dos fãs na época foi generalizada.
Mas quando o resultado desta nova formação
foi lançado, o choque também foi
generalizado.
Em cada faixa deste horrendo álbum, ficava
clara a intenção da banda em “abrir as pernas”
de seu som para tocar em FMs mais populares
nos Estados Unidos, assim como fizera o
Rainbow – não é por coincidência que Siogo
mostra o Blackfoot soando como um pastiche
da banda de Ritchie Blackmore.
Inacreditavelmente, os teclados de Hensley
nunca soaram tão cafonas. Não foi à toa que o
bom guitarrista Charlie Hargrett saiu logo
depois do lançamento do álbum, insatisfeito
com o novo direcionamento.
Siogo foi um erro que se transformou em
catástrofe no disco seguinte, o pavoroso
Vertical Smiles, e que levou o grupo à
dissolução pouco tempo depois...
MISDEMEANOR - UFO
Depois da saída de Michael Schenker em 1978,
a banda encontrou em Paul Chapman (ex-Lone
Star) um ótimo substituto para lançar
excelentes discos de estúdio. E assim
aconteceu até que, em 1984, Chapman foi
despedido por não apresentar o menor
carisma em cima de um palco. Pior: um dos
fundadores da banda, Pete Way – este sim
dono de um carisma estratosférico – também
foi demitido por conta de suas bebedeiras e
formou o horrendo Waysted.
Totalmente descaracterizado e tendo apenas o
vocalista Phil Mogg e o tecladista/guitarrista
Paul Raymond ao lado de um bando de zé-
manés purpurinados como músicos
contratados, a banda soltou este disco, um
troço que envergonhou até mesmo os pais de
seus integrantes.
Não há uma única canção aqui que se possa
rotular como “mais ou menos”. Tudo é tão
constrangedor – melodias, timbres dos
instrumentos, letras, interpretações – que este
amontoado de “posers” nem chegou a fazer
uma longa turnê para promover esta
porcaria...

Nenhum comentário:

Postar um comentário