quinta-feira, 25 de abril de 2013

EUA e Reino Unido apontam provável uso de armas químicas na Síria

O secretário de Defesa dos Estados Unidos,
Chuck Hagel, disse nesta quinta-feira (25) que
o regime sírio de Bashar al Assad usou armas
químicas em pequena escala. Um porta-voz
do ministério das Relações Exteriores
britânico também confirmou a informação.
"Nossos serviços de inteligência avaliam, com
diversos graus de confiança, que o regime
sírio usou armas químicas em pequena escala
na Síria, especialmente gás sarin", disse Hagel
em Abu Dhabi (Emirados Árabes), onde fez
uma escala durante uma visita pelo Oriente
Médio.
"Recebemos informações limitadas, mas
convincentes de várias fontes provando a
utilização de armas químicas na Síria,
principalmente gás sarin", indicou o porta-
voz britânico. "A utilização de armas químicas
é um crime de guerra. Repassamos esta
informação a nossos aliados, nossos parceiros
e às Nações Unidas e trabalhamos ativamente
para obter mais e melhores informações",
acrescentou em um comunicado.
Os britânicos querem que uma investigação
seja feita no país. "O presidente sírio Bashar
Assad deve cooperar com a comunidade
internacional e provar que seu regime não
cometeu este crime horrível, permitindo
acesso ilimitado à ONU e à OIAC (Organização
para a Interdição de Armas Químicas) para
que uma investigação seja realizada no terreno
na Síria", segundo a mesma fonte.
Para a Casa Branca, ainda são necessários
fatos "críveis e que corroborem" o uso de
armas químicas por parte da Síria.
"Em face dos riscos envolvidos, e o que temos
aprendido com nossas próprias experiências
recentes, avaliações de inteligência por si só
não são suficientes, só fatos críveis e
corroborantes que nos forneçam algum grau
de certeza vão guiar nossa tomada de
decisão", disse o diretor de assuntos
legislativos da Casa Branca, Miguel Rodriguez,
em uma carta a parlamentares.

Patrimônio destruído
A destruição de um minarete do século 11
em uma das mais famosas mesquitas da Síria
nesta semana trouxe à luz os estragos que o
conflito civil no país está impondo ao rico
patrimônio arquitetônico da nação árabe.
Rebeldes e governo se acusam mutuamente
pela destruição do minarete da Grande
Mesquita, na cidade de Aleppo, no norte do
país, que tem sido palco de fortes combates
entre as duas facções.
A parte mais antiga ainda preservada da
mesquita era o minarete - a torre da qual o
muezim faz os chamados para as preces - de
45 metros, datado de 1090.
Segundo a Unesco, pelo menos cinco dos seis
locais da Síria classificados como Patrimônio
Mundial foram danificados, entre eles a
Cidade Velha de Damasco, a citadela islâmica
de Palmira e a cidade de Bosra.
Além de danos provocados por bombas e
tiros, o patrimônio sírio também vem
sofrendo ameaças por conta de saqueadores,
como os que invadiram e pilharam um dos
mais bem preservados castelos dos cruzados
em todo o mundo, o Crac des Chevaliers.
O conflito na Síria já dura dois anos e,
segundo grupos de direitos humanos, já fez
pelo menos 70 mil mortos.

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