quinta-feira, 25 de abril de 2013

Thor Batista diz ter dado R$ 300 mil para família de ciclista morto atropelado

O filho do empresário Eike Batista, Thor
Batista, 21, falou hoje (25) em juízo pela
primeira vez sobre seu envolvimento em um
atropelamento ocorrido em março de 2012. O
acidente resultou na morte de um ciclista
Wanderson Pereira dos Santos. De acordo com
ele, foram feitos acordos com a família da
vítima. Ele conta que deu R$ 300 mil para
uma tia de Santos.
Laudo diz que Thor dirigia entre 100 km/h e
115 km/h ao atropelar ciclista
Thor não comparece à audiência sobre
atropelamento de ciclista
Justiça do Rio decide afastar perito de caso
Thor Batista
Justiça retira laudo de velocidade do processo
contra Thor
Thor foi ouvido nesta tarde no Fórum de
Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por
conta do processo de homicídio culposo -
quando não há intenção de matar - pela
morte do ciclista, ocorrida na rodovia
Washington Luís, em Duque de Caxias.
e disse ainda que tem recibos e documentos
que comprovam os depósitos para uma tia de
Santos, identificada apenas como Maria
Vicentina. A vítima não tinha filhos e vivia
com essa tia. A Folha não conseguiu contatos
com a família da vítima.
VELOCIDADE
O filho do empresário voltou a afirmar o que
disse à polícia na época do acidente. Na
ocasião, ele confirmou que trafegava dentro
da velocidade permitida (110 km/h), que
estava muito escuro no local. Em seu
depoimento, Thor disse que o acidente foi
"inevitável".
Um laudo divulgado no último dia 10 indicava
que Thor dirigia entre 100km/ a 115 km/h no
momento do atropelamento. O laudo anterior,
que foi retirado do processo, dizia que ele
estava a pelo menos 135 km/h.
Em fevereiro, a Justiça anulou o primeiro
laudo
sob a justificativa de que o perito responsável
havia tido contato direto com a Promotoria
mais de uma vez. A assessoria do Thor Batista
não comenta o caso.
Thor conta ainda que, como o carro que
dirigia é baixo - Mercedes-Benz SLR McLaren
-, viu apenas o quadro da bicicleta e um
homem negro no meio da pista. Segundo ele,
quando notou o ciclista "já estava em cima
dele" e que freou o veículo. "O impacto foi
grande", disse em depoimento. Ele afirmou
ainda que sentiu um "solavanco" nos ombros
e nos braços. O vidro do veículo estilhaçou
com o impacto.
Em março, Thor faltou a uma audiência no
fórum. A defesa dele alegou na época que a
ausência era por conta de uma enfermidade
não revelada, mas justificada em atestado
médico, entregue à juíza Daniela de Souza,
responsável pelo caso. Outro motivo alegado
foi que o novo laudo sobre a velocidade do
carro não estava pronto.
O filho de Eike afirmou ainda que nunca teve
mais de um veículo em seu nome e que
atualmente dirige três veículos diferentes.
Segundo ele, nenhum dos carros é de sua
propriedade. O único carro que tinha em seu
nome, um veículo esportivo, foi vendido "'em
razão de problemas financeiros que sua
empresa vem passando", declarou.
O carro envolvivo no acidente era de
propriedade de Eike Batista.
A sentença deve sair até o final do semestre,
mas cabe recurso para ambas as partes.
Thor Batista atropela e mata ciclista no Rio

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