domingo, 19 de maio de 2013

“Balacobaco” afastou lembrança de “Máscaras” mas penou na audiência

Se a intenção da Record com “Balacobaco ”
era afastar o fantasma de “ Máscaras ”, pode-
se dizer que a meta foi atingida. “Máscaras ”
ficou no passado e é um projeto que a Record
não faz questão de lembrar. Mas isso não
quer dizer que “ Balacobaco ” teve vida fácil.
A novela causou estranhamento quando
estreou. Era uma proposta completamente
diferente da de sua antecessora. Colorida,
espalhafatosa, num tom farsesco, metida a
engraçada, com trilha popularíssima e
personagens caricatos. Ficou claro que a
inspiração da autora, Gisele Joras, foram
dois sucessos recentes da Globo: a também
colorida e alegre “Cheias de Charme ” com a
pegada “ nova classe C ” de “ Avenida Brasil ”.
Pode-se dizer que foi uma aposta corajosa
jogar às 22h30 uma novela com forte apelo
de comédia e características comuns às
novelas do horário das sete da Globo.
Alguns ajustes na trama foram feitos logo no
início, mas, passados sete meses da estreia,
percebe-se que a sua proposta permaneceu
fiel até o fim, o que é bastante louvável.
Outro ponto positivo foi a Record ter mantido
“Balacobaco ” em seu horário original desde o
começo – diferente de “ Máscaras”, que
correu ao caminho dos ventos da audiência e
das prioridades da grade da emissora, o que
muito a prejudicou.
Infelizmente, a Record ainda não conseguiu
recuperar os áureos dois dígitos na
audiência que suas novelas tinham antes de
“Máscaras ”. “Vidas em Jogo ” fechou com
uma média final de 12 pontos no Ibope da
Grande São Paulo. “Máscaras ” derrubou para
a metade (6 pontos), e “Balacobaco ” fecha
com 7 pontos. Pelo visto, “Dona Xepa” terá
bastante trabalho pela frente.
Não foi a melhor novela de Gisele Joras.
Prefiro “ Amor e Intrigas ”, de 2008. Mas o
vilão Norberto foi o melhor papel de Bruno
Ferrari na TV – um jovem ator que já havia
chamado a atenção em trabalhos anteriores e
que cresce a passos largos a cada papel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário