A risada ecoava pela casa inteira, uma mansão
de mais de dez cômodos em Alphaville (SP).
Andrea de Nóbrega, de Mulheres Ricas, é
assim, dessas que tem riso fácil, escandaloso
e despreocupado. "Gente, desculpa o atraso,
mas vocês chegaram um pouquinho mais
cedo, não foi?!", disse, ao encontrar a
reportagem do Terra, na última segunda-feira
(11), na sala principal da casa, dando outra
risada, daquelas altas, que era possível ser
ouvida antes mesmo dela aparecer. Ela estava
"atrasada" há exatos cinco minutos.
Conhecida por ser ex-mulher do humorista
Carlos Alberto de Nóbrega, de A Praça É
Nossa, Andrea é rica mesmo, não tem receio
de confirmar. Fez fortuna ao lado do ex-
marido - com quem vive tendo algumas
discussões pela mídia -, e quando se separou,
levou 50% do que era dele, fora uma pensão,
que foi cortada recentemente. "O que me
incomodou foi que uma vez ele falou que eu
não tenho história. Eu tenho história. Vim de
baixo, construí minha cozinha industrial.
Entreguei marmitex. Quando não era
marmitex, catava lixo do fim da feira com a
minha mãe", explicou.
"Acho válido, metade dele, metade meu.
Então, você é rica porque casou com ele?! Eu
sou rica porque casei com ele! Eu dediquei a
minha vida para ele. Eu não fiz meu
casamento junto com a minha carreira. Então,
fiquei de lado na parte profissional, para
ajudá-lo, para ficar junto com ele", disse a
atriz, que fez sucesso com a personagem
Nova Rica, no humorístico do SBT. Segundo
Andrea, Carlos Alberto não deixava que ela
trabalhasse e só acabou na TV, por insistência
de Ronald Golias (1929 - 2005).
Mãe dos gêmeos de 12 anos Maria Fernanda,
que é fã de Justin Bieber, com direito a
pôsteres espalhados pelo quarto, e João Vitor,
bem mais reservado que a irmã, Andrea gosta
da vida familiar e procurou respeitar ao
máximo a privacidade das crianças. "Jamais
eu vou expor a minha vida e agredir os meus
filhos", afirmou.
Solteira desde que se separou em 2009, ela
disse que sabe que o futuro ainda pode lhe
reservar um grande amor. "Gosto de homem
bem mais velho. Sempre gostei", explicou
sobre suas preferências. "Se me verem com
um rapaz novo, separa porque é briga (risos).
Boa coisa não é. Ou me interna. Eu não
gosto!", completou, com mais uma sonora
gargalhada.
Confira a entrevista completa:
Terra - Você sempre foi rica? Como foi sua
infância?
Andrea de Nóbrega - A minha infância foi
um pouco difícil. Na época, eu morava no
Rio. O meu pai tinha uma condição
boa. Aí, foi quando ele perdeu tudo e viemos
para São Paulo. Eu ia fazer 18 anos. Em São
Paulo, comecei a fazer desfiles na José
Paulino. Depois, montei uma cozinha
industrial para mim, para a minha família,
que eu usava para fornecer "marmitex" para
obras. Depois, fiz alguns concursos, fui parar
no SBT. Primeiro fiz o Veja o Gordo (1988 -
1990), depois que fui fazer a A Praça É Nossa.
Terra - O Carlos Alberto de Nóbrega criou
um personagem para você...
Andrea de Nóbrega - Agora?! Ah, é. Primeiro,
foi o Golias. Depois, veio a Nova Rica, que é
dele.
Terra - Ele se inspirou em você ou pensou
no personagem e resolveu que você se
encaixaria bem?
Andrea de Nóbrega - Ele criou inspirado em
mim, mas é claro que o humor é um
pouquinho além. Aquele exagero todo, de
muitas sacolas, não é real. Ou é real?! (risos)
Terra - Naquela época, já tinha passado
pela sua cabeça que você poderia fazer um
programa com a mesma temática, só que
estrelado por você?
Andrea de Nóbrega - Não. É muito parecido!
Nem imaginava. Em cima do meu bom
humor, foi quando ele (Carlos Alberto) criou
um pouquinho além. A Nova Rica gasta sem
saber o preço. Não está nem aí se está usando
o cartão do marido ou não.
Terra - No Mulheres Ricas, vocês
costumam esbanjar bastante. Isso faz
realmente parte do seu dia a dia ou você
dá uma forçada para o programa?
Andrea de Nóbrega - Não, o meu dia a dia,
não. Eu sou super controlada. No programa,
tem um pouquinho além, mas eu, Andrea, sem
o reality, sou super controlada. Tem que
controlar, porque o País como está hoje, não
dá para você sair gastando. Então, tem que
segurar um pouco. É bom gastar, lógico, mas
se pode segurar, ok!
Terra - E por que você aceitou participar do
programa?
Andrea de Nóbrega - Então, eu fiz A Praça,
saí, fiquei um ano fora. Fui chamada para
fazer a primeira temporada, mas não aceitei
porque eu estava fazendo A Praça. Quando eu
saí, veio esse convite para a segunda. Antes
disso, eles colocaram o meu nome em sites
para ver se o público ia aceitar. Foi quando
eles entraram em contato com a Duda
(assessora da Andrea).
Terra - Você gosta dessa exposição? Porque
é uma exposição diferente, em que você
esbanja dinheiro, luxo...
Andrea de Nóbrega - Gosto. O meu dia a dia
é diferente de todas elas. Eu sou artista, mãe
e dona de casa. Então, no primeiro dia, foi
um susto, porque eu abri a minha casa. Quem
me acompanha, sabe que eu nunca abri a
minha casa, nunca expus a minha vida. Então,
isso assustou. Depois, você vai vendo que
você pode mostrar o que você tem, mas não
precisa ser agressiva. O que me assustou
foram as coisas agressivas: "ah, eu tenho, eu
compro, eu gasto". Nossa! Isso o público
gosta? Em termos. Tem coisa que ofende, no
meu ponto de vista.
Terra - Você tenta dosar, então?
Andrea de Nóbrega - Tem que ser! Sou uma
mulher rica? Sou! Ela é esnobe? Não, porque
não tem nada a ver. Não acho chique,
educado. Não gosto. Acho que você pode ter
sim, pode gastar sim, mas precisa saber dosar.
Eu vou comprar uma joia de um milhão?! Me
poupe, né?! Vamos devagar...
Terra - Como foi a reação da sua família ao
programa? O Carlos Alberto disse que não
gostou...
Andrea de Nóbrega - A minha família são os
meus filhos. Então, tudo o que eu gravava eu
punha as crianças a par. Eu fui assistir uma
vez só com as outras. O resto eu assisti com
eles. Eles aceitaram normalmente.
Terra - Só sua filha, a Maria Fernanda, que
apareceu, né?!
Andrea de Nóbrega - É, porque o João Vitor
não gosta. Incrível, né? E eu falava: "filho,
vamos lá". E ele: "ai, mãe, eu não gosto!".
Nesse ponto, você vê que eu respeito eles. A
mamãe vai para o show. Filho, o show vai ser
gravado. Ok, sabe. A mamãe vai pular na
piscina, ok também. Jamais eu vou expor a
minha vida e agredir os meus filhos. A minha
mãe apóia claro, os meus irmãos, mas quem
convive comigo 24h são eles, as crianças.
Terra - Sua filha parece gostar bastante.
Em um dos episódios, ela desfilou. Ela quer
seguir carreira artística? Ela se baseia em
você?
Andrea de Nóbrega - Ela quer. Tem tudo
para dizer que sim. Ela tem a mãe e o pai
nesse meio. Acho que ela se baseia bastante
em mim, sim. Porque filha sempre puxa um
pouquinho da mãe
Terra - E como você lidou com as críticas
do Carlos Alberto? Ele falou algumas coisas
na mídia, disse que estava com vergonha.
Você rebateu...
Andrea de Nóbrega - É isso que é chato! Ele
assistiu, ele assiste ao programa. Não entendi
esse lado de vergonha. Se fosse tão vergonha,
não teria A Praça. Sinal de que o programa
está indo bem. Fica essa coisa de um rebate
aqui e o outro ali. Então, eu queria que fosse
assim: "vai ser a última vez que eu vou falar
do Carlos Alberto". Porque se ele não me
respeita, para mim ele está riscado. É bom
evitar. É vergonha para ele? Que vergonha?
Não entendo. "Ah, eu não assisto". Eu não
entendo, está lá na Praça...
Terra - É, ele fez um quadro no programa,
o Mulheres Pobres...
Andrea de Nóbrega - Fez! E quem faz a
Andrea é o meu irmão, o Márcio. Tadinho.
Terra - Mas vocês se dão bem ou só falam
o necessário?
Andrea de Nóbrega - Agora, não me dou
bem com ele e não faço questão nenhuma de
me dar bem com ele. Porque ele fica
debatendo na mídia e eu acho isso muito feio.
Estou dando entrevista aqui e daqui um pouco
ele vai dar outra. Isso é muito chato. Então,
agora, eu tenho um respeito por ele, mas não
converso com ele. Não faço questão, não
quero. Só converso o necessário sobre as
crianças.
Terra - Mas ele é um pai presente?
Andrea de Nóbrega - É presente para o lado
de lá. Para o lado de cá, não faço questão
nenhuma. (risos)
Terra - Como foi para você ele fazer uma
sátira do programa na Praça?
Andrea de Nóbrega - Ele me ligou. Eu
perguntei: "sem ofender? ok, Carlos, o
problema é seu...". Eu falo para o Márcio se
soltar. Deve ser muito chato para o meu
irmão fazer a própria irmã. Mas ele aceitou,
ele gosta e o meu bom humor é tão bom, que
não estou nem aí. Que faça, que ponha a
peruca torta, que ponha um narigão, eu não
sou assim mesmo. (risos)
Terra - O público acaba falando que você é
rica porque foi casada com ele, porque vive
de pensão. E ele até cortou sua pensão,
né?!
Andrea de Nóbrega - Ele cortou a minha. A
dos meus filhos, não.
Terra - Em um dos episódios eu vi que você
ficou bem contente em poder lançar uma
linha de joias, alguma coisa sua...
Andrea de Nóbrega - Exatamente. Um passo
novo para mim, uma coisa nova na minha
vida, um lançamento de joias, que está
lindissimo, que eu vou fazer um desfile para
colocar à venda mesmo. Eu fiquei muito feliz.
Ele cortou a pensão, ele deu uma entrevista
dizendo que as crianças tem hotel cinco
estrelas. Ok. Elas estão ótimas. São filhos dele.
Não veio de chocadeira. Não fiz sozinha.
Terra - Te incomoda essa visão do público
de te ver como a ex-mulher do Carlos
Alberto de Nóbrega?
Andrea de Nóbrega - Não. O que me
incomodou foi que uma vez ele falou que eu
não tenho história. Eu tenho história. Vim de
baixo, construí minha cozinha industrial, sim.
Entreguei marmitex. Quando não era
marmitex, catava lixo do fim da feira com a
minha mãe. E, depois, com 23 anos, conheci
o Carlos Alberto, nos casamos. Tudo o que ele
tinha, ele deixou para a ex-mulher e, tudo o
que ele tem, eu e ele construímos juntos.
Acho válido, metade dele, metade meu. Então,
você é rica porque casou com ele?! Eu sou
rica porque casei com ele! Eu dediquei a
minha vida para ele. Eu não fiz meu
casamento junto com a minha carreira. Então,
fiquei de lado na parte profissional, para
ajudá-lo, para ficar junto com ele. Ele me
deixou fazer A Praça por causa do Golias. Eu
fiz o programa de tanto ele pedir. Então eu
fazia, mas era só isso.
Terra - Ele não queria que você
trabalhasse?
Andrea de Nóbrega - Nada. Não! Mas eu nem
fico triste de dizer, que nem as outras falam
de mim: "ai, ela rica por causa do marido".
É claro. Eu me casei com ele. É mais justo!
Metade é dele, metade para mim. Pior se não
fosse isso (risos). Eu não estaria no
programa...
Terra - Sobre as outras participantes do
programa, vocês tem umas brigas, né?
Andrea de Nóbrega - É, uns ti-ti-tis
Terra - Você costuma receber bem seus
convidados, teve aquele episódio de barrar
a Aieleen. Aquilo foi de verdade?
Andrea de Nóbrega - Então, eu moro em um
condomínio. Para você entrar, tem que avisar
aqui em casa. Se realmente ela tivesse sido
barrada, não teria passado da portaria. É um
reality, tem que ter alguma coisinha. É a vida
real, sim, mas tem um pouco de show.
Terra - Vocês se dão bem? Ou só se falam
ali e ninguém é amiga?
Andrea de Nóbrega - Ninguém é amiga ali.
Eu só sou amiga, de conversar quase todo dia,
da Mariana (Mesquita).
Terra - Parece que a Mariana é a que tem
mais aceitação no grupo. Por que?
Andrea de Nóbrega - É, exatamente. Tenho
mais contato com ela. Porque ela não leva o
reality para a vida real. Sabe separar e eu
idem. Já pensou se fosse igual a vida real? Ia
ser um programa de um ano. (risos)
Terra - E a Aeileen? Virou um desafeto
seu?
Andrea de Nóbrega - Não, não tem isso.
Nunca conversei com ela. No começo, ela
começou me agredindo, me chamando de
velha, de cabelo de velha, estilo de velha.
Nunca falei nada sobre ela. O que eu disse foi
que eu tenho uma sobrinha de 20 anos, que
jamais, com a educação que a minha cunhada
deu para ela, chamaria alguém de velha. Ela
poderia dizer: o estilo poderia melhorar.
Chamar de velha, mas com educação. Ficou
muito feio. Fiquei arrasada.
Terra - E a Val?
Andrea de Nóbrega - Ela é polêmica. Uma
pessoa virtual. Só fala.
Terra - Chamaria ela para uma festa na
sua casa?
Andrea de Nóbrega - A Val sem o
personagem, eu chamaria. Com personagem,
é difícil.
Terra - Você gosta de comprar coisas caras
ou procura comprar coisas dentro da
realidade?
Andrea de Nóbrega - Eu gosto de bolsas. Eu
já fiz loucura, com o tempo, você pensa
melhor. É bom fazer loucura. Tudo o que eu
compro, me avisam. A gerente me liga e avisa
que tem tal bolsa que chegou. Vou lá e vejo.
Não é que saio, vou no shopping e saio
torrando tudo. Não é isso que me agrada. Eu
gosto de bolsa, é o que eu mais gosto de
comprar. Tenho uma coleção delas.
Terra - O que uma mulher rica tem que
ter, além do dinheiro?
Andrea de Nóbrega - Tem que ter educação,
saber se portar, um estado de espírito. Não
adianta ter tudo e seu espírito ser pobre.
Uma mulher rica precisa saber se comportar e
ter um estado de espírito elevadíssimo. Não
consegue segurar a onda, se não for assim.
Terra - E você está solteira? Está bem
assim ou se aparecer alguém é melhor?
Andrea de Nóbrega - Estou solteira! Não, se
aparecer uma pessoa, tudo bem, mas calma,
vamos devagar.
Terra - Qual seu tipo de homem?
Andrea de Nóbrega - Gosto de homem bem
mais velho. Sempre gostei. Engraçado essas
coisas. Desde novinha. A diferença minha e do
Carlos é de 30 anos. É bastante. É uma coisa
que me atrai. Se me verem com um rapaz
novo, separa porque é briga (risos). Boa coisa
não é. Ou me interna. Eu não gosto!
Terra - Já sofreu preconceito por esse
gosto?
Andrea de Nóbrega - Já. No começo. Olha,
ela tá com um cara mais velho, porque tem
dinheiro. Não estou nem aí, porque nunca
gostei de rapazinho.
Terra - Por que?
Andrea de Nóbrega - Psicólogos diriam que é
porque eu nunca tive amor de pai. Não é
verdade, porque meu pai era presente 24h.
Então, não é isso. A conversa é outra, o jeito
de tratar é outro. Então, desde novinha,
sempre gostei.
Terra - E a história do Vampeta dar em
cima de você?
Andrea de Nóbrega - Não! Não tem nada a
ver, tadinho. Bonitinho, mas não. Foi só na
festa. Muito amigo. Só isso. Não teve nada.
Jogador de futebol, não. Não faz meu tipo.
Tem que ser velho. Não de 70 anos, não vou
enterrar o marido. Tem que ser de 50 a 60.
Mais também não. 64, vai. Não quero ficar
viúva rápido.
Terra - Aumentou o assédio?
Andrea de Nóbrega - Aumentar, aumenta.
Mas o fato é que é a mulher que escolhe.
Olha que linda, que magnífica, mas quando a
mulher não quer, não vai. Então, eu prefiro
ficar sozinha, porque uma hora vai surgir
alguém. Porque tudo surge, a pessoa certa
surge. Vai surgir.
Terra - E daqui pra frente? O que vai fazer?
Andrea de Nóbrega - Vamos ver o que vai
aparecer, sentar e conversar. Alguma coisa,
um programa, um quadro dentro de um
programa, uma repórter de rua, com humor.
Eu aceitei mais por causa disso. As pessoas
me conheciam fazendo humor. Agora eu falo,
porque antes eu não falava. "Calada! Chispa".
(risos)
Terra - Ele não deixava você falar?
Andrea de Nóbrega - Imagina! Era só o
texto. Agora as pessoas veem: "nossa! ela fala!
ela respira".
Terra - As pessoas ficaram surpresas com
você?
Andrea de Nóbrega - Sim! Positivamente,
porque as pessoas me achavam antipática. As
pessoas ficavam meio assim. Quando a Duda
veio para ser minha assessora, nossa, tinha
uma imagem que não era verdadeira, de que
não podia se aproximar de mim. Eu sou assim,
mas as pessoas não sabiam. Olha como era a
minha imagem antes, até eu fiquei assustada,
mas acho que era o jeito que me pintavam.
Terra - E uma terceira temporada?
Andrea de Nóbrega - Nunca vou dizer
jamais. Agora, eu digo não.
Terra - O que você mais gostou desse
tempo que você esteve no programa? O
que foi mais surpreendente?
Andrea de Nóbrega - Ser bem aceita. Eu
fiquei impressionada. Nem eu sabia que eu
era tão querida pelo público. Nossa, em
Salvador, foi incrível. Eu fiz uma peça, O
Cunhado, que é do meu irmão, era um teatro
para 400 pessoas, precisaram por mais 300
cadeiras, porque eu enchi o teatro para 700
pessoas. Vê como o programa é bem visto e a
minha imagem também. Foi uma coisa. Uma
surpresa.
Terra - Valeu a pena? Sem
arrependimentos?
Andrea de Nóbrega - Valeu. Sem
arrependimentos. De nada.
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