segunda-feira, 25 de março de 2013

Governo Federal decreta emergência em Petrópolis e Magé (RJ)

O Secretário Nacional de Defesa Civil,
Humberto Viana, publicou na edição desta
segunda-feira (25) do Diário Oficial da União
decreto de situação de emergência nas
cidades de Petrópolis, região serrana do Rio
de Janeiro, e Magé, na região metropolitana
devido às chuvas que atingiram o Estado na
última semana.
A Secretaria ainda reconheceu situação de
emergência em Divinolândia (SP), devido a
chuvas intensas. Os municípios de Feira de
Santana e Vitória da Conquista (BA); Campo
Azul, Claro dos Poções, Montalvânia e
Novorizonte (MG); e Cuitegi (PB), também
entraram na lista de cidades em situação de
emergência, mas em consequência de forte
estiagem.
Em Petrópolis, o temporal causou
deslizamentos e deixou 33 mortos e 44
feridos, sendo que sete pessoas permanecem
internadas no Hospital Santa Teresa. As buscas
por desaparecidos foram oficialmente
encerradas há dois dias.
No total, 1.074 pessoas ainda estão
desabrigadas ou desalojadas e encontram-se
nos 18 pontos de abrigo de Petrópolis.
Hoje, a presidente Dilma Rousseff deve
participar, às 17h, na Catedral de Petrópolis,
da missa em memória das vítimas. Antes da
missa, Dilma e o governador do Rio de
Janeiro, Sérgio Cabral Filho, pretendem
sobrevoar de helicóptero a região atingida.
Em conversa com Cabral na última segunda-
feira (18), Dilma ofereceu apoio federal para
enfrentar as consequências da chuva na região
serrana do Rio. Na semana passada, o alerta
foi dado novamente, pois de acordo com o
Sistema de Alerta de Cheias do Inea (Instituto
Estadual do Ambiente), os rios das cidades de
Petrópolis, Teresópolis e Bom Jardim estão
em estado de atenção.
Defensoria verifica garantia de direitos dos
desabrigados
Uma equipe de seis defensores públicos
estaduais do Rio está percorrendo hoje
abrigos e áreas afetadas pelo temporal que
atingiu Petrópolis. De acordo com a defensora
Cristiana Mendes, a ideia é verificar em que
condições estão vivendo os desabrigados e
acompanhar o processo de liberação das casas
para a volta das famílias.
Os defensores devem acompanhar ainda a
volta às aulas das crianças desabrigadas.
"Vamos ver como está sendo feito o
deslocamento das crianças desalojadas.
Deveremos sugerir às autoridades que as
crianças se desloquem por meio de vans e que
não precisem pegar ônibus ou fiquem à beira
da rua", disse Mendes.
Outra preocupação dos defensores é o
funcionamento regular de prédios públicos
que ainda abrigam famílias desalojadas. "No
Colégio Princesa Isabel, por exemplo, os
desabrigados ficaram em uma ala, e a escola
está funcionando normalmente nas alas
remanescentes. Eles estão colocando os
desabrigados em uma ala específica que não
dá acesso aos alunos. Vamos ver como está a
condição deles, se eles estão confinados, entre
outras coisas", destacou.
Outra ação prevista para hoje é o
acompanhamento do retorno de algumas
famílias às casas que estão sendo liberadas
pela Defesa Civil. "A informação do município
é que parcela dessas pessoas será autorizada a
retornar para suas casas, aquelas que estão
localizadas em áreas de menor risco. As que
moram em áreas de maior risco serão
beneficiadas com o aluguel social".
De acordo com Cristiana Mendes, na primeira
semana após as chuvas, a Defensoria Pública
do Estado do Rio de Janeiro concentrou seus
esforços na liberação dos documentos para
sepultamento dos 33 mortos pelas chuvas. O
término desse trabalho, no último final de
semana, permitiu que os defensores voltassem
sua atenção para a situação dos desabrigados.
Magé
O dique do rio Roncador, que passa por Magé,
região metropolitana do Rio de Janeiro, se
rompeu no início da semana e alagou o bairro
Vila Liberdade. Segundo a prefeitura da
cidade, a água invadiu as casas da região
deixando 120 famílias estão desalojadas e sete
desabrigadas. Não houve vítimas fatais.
O rio Roncador, no primeiro distrito,
transbordou, e as equipes da Defesa Civil
identificaram pontos de deslizamentos, mas os
principais problemas detectados na cidade
foram as inundações. (Com Agência Brasil)

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