segunda-feira, 11 de março de 2013

Ciclista que perdeu braço em atropelamento deixa a UTI em São Paulo

O ciclista David Santos Souza, 21, que perdeu
o braço ao ser atropelo no domingo na
avenida Paulista, no centro de São Paulo,
deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva)
do Hospital das Clínicas na tarde desta
segunda-feira e agora se recupera em um dos
quartos da unidade.
Apesar da transferência, ainda não há
previsão de quando Souza receberá alta, de
acordo a assessoria de imprensa do hospital.
O estado de saúde dele permanece estável.
A médica Rachel Batista, que atendeu o jovem
protestou em sua página no Facebook e pediu
punição ao culpado. "Estávamos prontos para
tentar o reimplante e infelizmente a polícia
juntamente com os bombeiros não
conseguiram encontrar o braço no rio",
criticou Rachel.
"O tempo de tentativa já se foi e nos restou
somente a opção de limpar e suturar a
ferida", acrescentou a médica, que defendeu a
lei seca. "Não há como ter brechas
permitindo pessoas totalmente irresponsáveis
dirigirem nestas condições. Tem que haver
justiça neste país."
ATROPELAMENTO
Souza foi atropelado na manhã de domingo na
avenida Paulista. O carro que o atingiu era
conduzido pelo o universitário Alex Siwek, 22,
que foi preso após o acidente. Ele, porém, se
recusou a soprar o bafômetro ou colher
amostras de sangue.
Com a força do impacto, o braço da vítima
foi arremessado para dentro do veículo do
universitário. Além de não prestar socorro, o
estudante admitiu que jogou o braço no rio
que passa pela avenida Doutor Ricardo Jafet.
Segundo a própria defesa de Siwek, o
atropelador ingeriu bebida alcoólica durante a
noite.
De acordo com Pablo Naves Testoni, um dos
advogados de Siwek, seu cliente não prestou
socorro porque ficou com medo de ser
agredido. Afirmou também que o motorista só
viu o braço quando chegou em casa. Ficou
atordoado, então, decidiu jogá-lo no rio
Tamanduateí.
Segundo a delegada Priscila de Oliveira
Rodrigues, do 5º DP (Aclimação), o
universitário pagou uma conta no valor de R$
96 em um bar no Itaim Bibi (zona oeste de
SP), antes do acidente. A delegada solicitou a
comanda ao bar, mas ainda não recebeu o
papel.
Ainda de acordo com a delegada, PMs que
foram procurados por Siwek após o crime
relataram que ele estava "transtornado e
aparentava sinais claros de embriaguez".

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