Após assembleia, sindicato dos rodoviários do Rio termina greve de ônibus

O Sintraturb (Sindicato dos Motoristas e
Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro)
anunciou neste domingo (3) que a greve dos
rodoviários, iniciada na sexta-feira (1),
acabou. Em assembleia realizada na manhã de
hoje, ficou decidido que motoristas e
cobradores estão autorizados a voltar ao
trabalho e compor 100% da frota de ônibus
da capital fluminense.
"A greve está suspensa. Amanhã [segunda-
feira] teremos uma audiência no Ministério do
Trabalho, que vai analisar a liminar do TRT
[Tribunal Regional do Trabalho], e nós vamos
negociar nossos direitos por meio do
Ministério", explicou o diretor do Sindicato
Antônio Bustamante.
No dia 7 de março, uma nova assembleia está
marcada para comunicar aos rodoviários das
decisões tomadas no Ministério do Trabalho.
Na tarde da sexta-feira (1), a desembargadora
Rosana Salim, do TRT deferiu uma ordem
judicial que determinava que 80% da frota
estivesse nas ruas atendendo a população. Na
versão dos rodoviários, dos 8.800 ônibus que
circulam diariamente pelo Rio de Janeiro,
cerca de 800, isto é, 10% da frota, saíram das
garagens na sexta-feira, primeiro dia de
paralisação da categoria.
Caso a decisão do TRT não fosse cumprida, o
Sintraturb --que é vinculado à NCST (Nova
Central Sindical de Trabalhadores)-- estaria
sujeito a multa diária de R$ 200 mil, além de
indiciamento na esfera criminal por
desobediência.
Na manhã do sábado (2), a secretaria
municipal de Transportes colocou fiscais nas
ruas da cidade para fazer a contagem de
ônibus que estavam em circulação e
constatou que cerca de 80% da frota estava
nas ruas.
Transtornos
A paralisação causa transtornos na cidade
desde a noite de quinta (28), quando foi
decretada em assembleia da categoria.
Motoristas e cobradores de ônibus chegaram
a bloquear a avenida Brasil, uma das vias
mais movimentadas da cidade.
Na sexta-feira (1º), as aulas de escolas e
creches públicas da cidade foram canceladas
por conta da greve.
Entre as reivindicações dos trabalhadores
estão: fim do banco de horas extras, jornada
de trabalho de seis horas, aumento salarial e
término da dupla função.