Corinthians tem crise extracampo com punição, perda de patrocínio e indisciplinas; relembre

O Corinthians ainda não repetiu o futebol de
2012, mas está longe de viver uma crise dentro
de campo. Fora dele, no entanto, o cenário é
bem diferente. Nos últimos dias, o clube
conviveu com os desdobramentos da morte do
menino Kevin, viu seu ex-presidente ser
condenado, perdeu seu patrocínio na Justiça e
ainda convive com a indisciplina de dois de
seus atacantes.
Confira abaixo todos os assuntos que
atormentaram o torcedor corintiano durante a
última semana:
Pacaembu vazio e briga política
Por conta da morte de Kevin Espada em Oruro,
a Conmebol obrigou o Corinthians a jogar a
Libertadores de portões fechados. Na punição
começou quarta passada, quando quatro
torcedores a “furaram” com uma liminar e
viram de perto o time fazer 2 a 0 no
Millonarios.
Indignado por se considerar um bode
expiatório, o Corinthians abriu fogo contra a
Conmebol e prometeu brigar para que o
regulamento seja cumprido à risca. A situação
de conflito promete se estender por mais
algum tempo, mas o clube diz acreditar que
não sofrerá represálias.
Torcedores em situação jurídica delicada
Fora da esfera esportiva, a imagem do clube
segue desgastada por questões legais
envolvendo torcedores. Doze corintianos
seguem presos na Bolívia, dois investigados
pela morte de Kevin e dez acusados de serem
cúmplices.
Um hotel de Cochambamba, por sua vez, acusa
três corintianos, entre eles um dos 12 que
estão presos, de fugir sem pagar a conta. No
Brasil, um menor de 17 anos foi apresentado
pela Gaviões da Fiel como culpado pelo crime,
mas sua confissão não foi aceita pelos
bolivianos.
Atacantes indisciplinados
Emerson se atrasou em dois treinos
consecutivos e foi multado pela diretoria. Além
disso, viu o Ministério Público pedir sua
condenação no processo que ele responde por
contrabando.
No último sábado, foi a vez de Romarinho
aprontar. O atacante também chegou atrasado
ao treino e deve ser punido pela diretoria.
Patrocínio
Um advogado gaúcho moveu uma ação popular
e conseguiu, por meio de liminar, suspender o
contrato entre Caixa e Corinthians. Ele alega
que o acordo é lesivo ao erário e que não traz
nenhum benefício de imagem para o banco, a
despeito deste concorrer com instituições
privadas.
Na argumentação que fez, o autor da ação
chegou a usar a ligação do clube com o ex-
presidente Lula como uma ilegalidade. A Caixa
já se pronunciou sobre o caso, defendeu a
legalidade do patrocínio e prometeu recorrer
da decisão inicial.
Condenação de Dualib
Alberto Dualib, ex-presidente do Corinthians,
foi condenado em segunda instância por
estelionato. Ele teria desviado R$ 1,4 milhão
do clube em um esquema de notas frias,
segundo a Justiça.