domingo, 10 de março de 2013

Aplicativo de táxi vira hit na noite paulistana

Quem sai à noite em São Paulo
sabe que chamar um táxi depois das 22 horas
exige paciência. As centrais de tele ou
radiotáxi têm espera de até 50 minutos - e
não é todo mundo que se sente seguro em
chamar um táxi na rua. Com a chegada dos
aplicativos para smartphone que encontram o
táxi mais perto do passageiro, isso vem
mudando.
Hoje, cerca de 20% dos 33 mil taxistas de São
Paulo usam os principais aplicativos do
mercado. Paulistanos contam que a espera
pelo táxi chamado com essa tecnologia não
passa dos dez minutos. Para as empresas que
desenvolvem os aplicativos, o movimento da
noite já representa mais da metade das
chamadas.
"Percebemos que, quando um usuário testa o
serviço pela primeira vez, geralmente é à
noite", comenta Sandro Barretto, do
aplicativo Taxibeat.
O serviço dos "pontos de táxi eletrônicos",
como são chamados, começou em São Paulo
em meados do ano passado, mas só agora
começa a virar tendência.
O cofundador do aplicativo 99Táxis, Paulo
Veras, diz que mais de 50% das corridas são
feitas à noite. "De dia, nada mais rápido do
que acenar para um táxi. Mas à noite
funcionamos como um cupido entre o
passageiro e o taxista mais próximo."
O sistema funciona por GPS. O usuário
visualiza em um mapa os táxis da redondeza e
chama um deles. Dá para acompanhar o
trajeto do taxista e, se for o caso, cancelar a
chamada. "Em São Paulo, os passageiros são
mais responsáveis e a taxa de cancelamento é
mínima", diz Tallis Gomes, CEO da Easy Taxi,
que diz tratar casos de cancelamento - tanto
da parte do taxista quanto do passageiro -
como um "evento". "Ligamos para 100% dos
que cancelaram uma corrida para entender o
motivo. Quando há um caso de desrespeito,
banimos o usuário."
As empresas afirmam garantir a segurança dos
passageiros exigindo toda a documentação do
taxista cadastrado: alvará, cadastro
profissional na Prefeitura e foto. "Existe ainda
um call center de retaguarda tanto para o
passageiro quanto para o motorista", explica
Nathan de Vasconcelos Ribeiro, da Taximov,
que não é aplicativo, mas um sistema para
chamar táxi via internet. "É tão comum como
ligar para um taxista. O que mudou foi que,
em vez da voz no telefone, os detalhes da
corrida ficam no computador ou no celular."

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