A juíza Marixa Fabiane Lopes reduziu a pena
do goleiro Bruno Fernandes, 28, em três anos
por ter visto nos interrogatórios dele uma
"lacônica confissão". Assim, a pena para o
homicidio triplamente qualificado diminuiu de
20 para 17 anos. No total, o goleiro foi
condenado a 22 anos e três meses, nesta
sexta-feira, pelo sequestro, morte e ocultação
de cadáver da modelo Eliza Samudio, com
quem teve um filho.
"Durante todo o processo, o réu negou
qualquer envolvimento no crime, inclusive em
ocasião de seu interrogatório na data de
ontem. Hoje pediu para ser ouvido,
reconheceu que Eliza Samudio iria morrer.
Não merece a mesma redução de pena que
Luiz Henrique Romão, conforme queria sua
defesa. "
Insatisfeito com a pena de Bruno, o promotor
Henry Wagner de Castro anunciou, logo após
a leitura da sentença pela juíza Marixa
Fabiane Lopes Rodrigues, que irá recorrer.
Castro afirmou que considera a pena justa
para Bruno "entre 28 e 30 anos" e que não
concordou com a redução de pena de três
anos que a juíza concedeu.
"As teses dúbias da defesa acabaram por
confundir os jurados. O direito ao silêncio é
Constitucional, porém, o senso comum é de
que o silêncio incrimina." "As provas
apresentadas pela Promotoria demonstraram
a gravidade dos crimes."
"O corpo de Eliza não vai ser encontrado
jamais. Ele foi destruído."
Maria Lucia Gomes, advogada de Sonia Moura,
mãe de Eliza, afirmou que também vai
recorrer porque não considerou justa a
absolvição de Dayanne de Souza, ex-mulher de
Bruno, e inocentada do crime de sequestro de
Bruninho Samudio.
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