quinta-feira, 7 de março de 2013

Valdivia é o alvo de organizada, e Nobre pede para chileno não rebater

A briga de torcedores do Palmeiras com os
jogadores no Aeroporto na Argentina na manhã
desta sexta-feira aconteceu por conta da
atitude do elenco em defender o meia Valdivia.
O chileno é perseguido por membros da
organizada Mancha Alviverde, e entrou em
atrito com um dos líderes da uniformizada ao
longo da viagem.
O UOL Esporte ouviu de funcionários presentes
na viagem do Palmeiras para a Argentina que o
chileno foi perseguido nos três dias em que o
time esteve no país para o duelo contra o
Tigre. Na terça-feira, dia que o time realizou
treinamento de reconhecimento do gramado no
estádio José Dellagiovanna, Valdivia foi xingado
por palmeirenses presentes na arquibancada, e
se dirigiu diretamente a um deles fazendo
gestos obscenos.

Após a atitude, Valdivia foi repreendido por
alguns companheiros que disseram que o gesto
poderia piorar o clima. Foi o que aconteceu. O
chileno foi bastante xingado durante a partida,
e no retorno da delegação foi cobrado pelo
torcedor ofendido, e mais sete integrantes da
organizada. A situação gerou um tumulto que
terminou em agressões.
Os torcedores atacaram copos em direção a
Valdivia, já protegido por seguranças e diversos
jogadores do Palmeiras. Um deles atingiu
Fernando Prass que ficou ferido na cabeça.
O relacionamento de Valdivia com a organizada
preocupa o presidente do Palmeiras, Paulo
Nobre. Ele esperou o retorno da delegação ao
Brasil para conversar com o chileno
pessoalmente. O objetivo era o de prestar
apoio ao camisa 10, mas pedir para que o
mesmo não provoque mais os torcedores.
“O Valdivia sofreu agressões, ofensas diretas a
ele. Só que não tem sangue de barata, é um ser
humano. Falei que não pode responder a
torcida de nenhum jeito. Ele pode ter trocado
xingamento com torcedor, mas é claro que
nada justifica o episódio que aconteceu”, disse
Nobre.
“Ele (Valdivia) está com a gente. Não tem
regalia nenhuma no clube. Ouvi muitos falando
que ele ia a bloco no carnaval, mas ele ficou
com a gente lá em Itu treinando. Nenhum
jogador falou para a gente que não quer jogar
mais. E o Valdivia tem 100% do nosso apoio”,
complementou.
O presidente do Palmeiras ficou assustado com
a reação da torcida, avisou que vai cortar
regalias da uniformizada e pediu a prisão dos
agressores. Aos jogadores, o pedido foi de
precaução.
“O jogador tem a sua vida privada, e vamos
orientá-los para que não haja muita exposição.
Só que vamos reforçar nossa segurança para
deixarem com que trabalhem em paz”,
destacou.

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