segunda-feira, 25 de março de 2013

Ao lado de FHC e Alckmin, Aécio é recebido em SP como candidato tucano à Presidência

O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) foi
recebido no congresso estadual do diretório
paulista do partido, realizado na noite desta
segunda-feira (25), em São Paulo, com o
status de futuro candidato da sigla à
presidência. O senador foi recebido pelo
governador Geraldo Alckmin e pelo ex-
presidente Fernando Henrique Cardoso. O ex-
governador José Serra, em viagem aos Estados
Unidos, não compareceu ao evento.
Em discurso que durou 13 minutos, Aécio fez
duras críticas e incitou a militância a mostrar
que "somos melhores do que eles", repetiu,
referindo-se ao governo petista.
"O PSDB, de Geraldo Alckmin e de FHC, é o
PSDB que irá se apresentar ao Brasil com
clareza absoluta. Não temos o que temer no
debate político com o PT. Vamos falar de
economia sim, o maior programa de
distribuição de renda da nossa história não foi
o Bolsa Família, foi o Plano Real", afirmou.
Em seguida, chamou Dilma de ingrata, por,
segundo Aécio, não reconhecer que o PSDB
deu início aos programas sociais do atual
governo. "O DNA de todos os programas de
transferência de renda está no PSDB. A
presidente da República sequer tem a
coragem de agradecer ao seu antecessor."
Alckmin pede a Aécio que assuma
presidência do PSDB
Antes dos discursos, o presidente estadual da
sigla, deputado estadual Pedro Tobias,
apresentou Aécio como "nosso candidato a
presidente", em coletiva de imprensa. O
mineiro, por sua vez, evitou se colocar na
condição de candidato, afirmando, contudo,
que o PSDB não tem "sequer direito de se
negar a apresentar o Brasil uma alternativa ao
modelo de governo que aí está."
Aécio, entretanto, disse na coletiva de
imprensa que "não é hora de antecipar o
processo eleitoral". O governador Geraldo
Alckmin não entrou no tema das eleições
presidenciais, mas pediu a Aécio que ele
assuma a presidência nacional do PSDB e
percorra o país.
"O que eu sinto do PSDB, Aécio, é que você
assuma a presidência do PSDB, percorra o
Brasil, ouça o povo brasileiro. Fale ao povo
brasileiro e uma o partido."
Em resposta a Alckmin, Aécio afirmou que irá
viajará o país, conforme pedido pelo
governador. "Percorrerei o Brasil de cabeça
erguida, como todo tucano, dizendo que
faremos muito mais, somos muito melhores
[do que o PT]."
FHC pede unidade ao partido; Aécio busca
"grandioso projeto de Brasil"
Como esperado, FHC fez um discurso pedindo
unidade ao partido. "Tenho certeza que
estamos começando a reorganizar o partido.
O momento atual é de unidade. O apelo
maior, a todos brasileiros, é que o PSDB vai
marchar junto pra que possa apresentar ao
país com força e com vigor pra que possamos
receber o apoio eleitoral dos brasileiros."
A exemplo de FHC, Aécio pediu unidade à
sigla. "Hoje, mais do que nunca, é
fundamental que construamos a nossa
unidade não em torno de pessoas ou nomes,
mas em torno de um grandioso projeto de
Brasil", disse. "Só a unidade do PSDB nos
levará a vitória."
"Essa visita é uma oportunidade de
mostrarmos que estamos aquecendo os
motores. E nada mais adequado que começar
por São Paulo. Aqui tudo começou. O PSDB
deve muito aos paulistas, à líderança de Mário
Covas, de Franco Montoro e José Serra", disse
Aécio.
Em seu discurso, Pedro Tobias disse que a
"militância quer lançar candidato [à
Presidência da República] já" e que a sigla
"não pode demorar" para escolher o seu
nome para a sucessão presidencial.
Em discurso à militância, o senador Aloysio
Nunes (SP) afirmou estar "louco de vontade
para fazer campanha" para Aécio. Em seguida,
FHC respondeu: "o PSDB já está em
campanha, e vamos vencer."
Os principais líderes tucanos no Estado e
centenas de militantes recepcionaram Aécio.
Na frente do diretório, faixas já tratavam o
mineiro como candidato à presidência.

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