quinta-feira, 14 de março de 2013

Feliciano deixa Comissão dos Direitos Humanos escoltado por seguranças, mas se diz “muito satisfeito”

Seguranças de Marco Feliciano tiveram que
escoltá-lo após fim da sessão da Comissão de
Direitos Humanos

Depois de presidir uma sessão marcada por
protestos, troca de ofensas entre
parlamentares e até agressão física entre
manifestantes e seguranças da Câmara dos
Deputados, o presidente da CDHM (Comissão
de Direitos Humanos e Minorias), Marco
Feliciano (PSC-SP), declarou, nesta quarta-feira
(13), que o resultado foi “muito melhor do que
o esperado”.
Ao encerrar a sessão por falta de quórum — os
deputados contrários à gestão de Feliciano
abandonaram a reunião como forma de
protesto — o presidente teve de deixar a o
plenário escoltado por seguranças da Casa.
Isso porque, no corredor, dezenas de
manifestantes que acompanharam a sessão,
bloqueavam a passagem, com faixas de e gritos
de protesto, querendo falar com o deputado.

FHC diz ser absurda eleição de Feliciação
para Comissão de Direitos Humanos
Feliciano é acusado de ter dado declarações
racistas e homofóbicas nas redes sociais e, por
isso, é alvo de protestos. Manifestantes não
aceitam que ele seja o presidente da Comissão
Direitos Humanos, alegando que a postura do
parlamentar não é coerente com a de um
defensor das minorias.
PSC decide manter Feliciano na presidência
da Comissão de Direitos Humanos
Ainda assim, o deputado se disse “muito
satisfeito” com o resultado dos trabalhos na
comissão e declarou que a presença de
manifestantes faz parte da democracia.
— É democrático. Todos nós vamos ver que o
direito de falar e de pensar vai ser respeitado
por todos. Espero que se acalmem os ânimos,
mas se não se acalmarem vamos conduzir da
melhor maneira possível. Hoje foi feito muito
trabalho, estou muito satisfeito.
Na sessão desta quarta-feira, a primeira
presidida por Feliciano, os deputados
conseguiram votar requerimentos de
diligências e audiências públicas, alguns deles
de autoria do presidente da CDHM.
Contra a homofobia
No entanto, um requerimento extra-pauta,
apresentado no fim da sessão pelo deputado
João Campos (PSDB-GO), não pôde ser
aprovado por falta de quórum.
Como uma medida de se mostrar simpático às
lutas contra discriminação, Campos sugeriu
uma moção de repúdio ao presidente interino
da Venezuela, Nicolás Maduro, o acusando de
homofobia.
Maduro insinuou que seu opositor, o
candidato à presidência Henrique Capriles,
seria homossexual. Em discurso feito na última
segunda-feira (11), Maduro declarou que ele
sim gostava de mulheres porque era casado.
Para Campos, a população venezuelana não
pode apoiar um candidato homofóbico. Marco
Feliciano votou a favor do requerimento. Mas,
como não havia deputados suficientes para
aprovar o pedido, a votação será retomada na
próxima semana.

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