sábado, 9 de março de 2013

Casas de apostas mostram dom Odilo Scherer como um dos favoritos a suceder Bento 16

Não é apenas nas análises de vaticanistas e
em informações de bastidores do conclave
que o nome do arcebispo de São Paulo,
cardeal Odilo Scherer, aparece bem cotado
para ser eleito próximo papa.

Nas bolsas de apostas de Londres, dom Odilo
aparece como o quarto nome mais cotado
para assumir o trono de Pedro. Nesta sexta-
feira (8), os apostadores que acreditaram no
cardeal brasileiro de descendencia alemã
levariam de 8 a 12 libras a cada libra
apostada -a depender da casa de apostas-
caso fosse ele o eleito.
Segundo infográfico do jornal "Folha de S.
Paulo", pagavam menos que dom Odilo
apenas os nomes do atual camerlengo, o
italiano Tarcísio Bertone, o cardeal de Gana
Peter Turkson, e, como favorito, o também
italiano Angelo Scola. Acertar uma aposta no
nome de Scola renderia nesta sexta-feira 4
libras a cada libra apostada.
O "retorno" da aposta é menor quanto maior
for o número de palpites num mesmo nome.
Daí surge a leitura das casas de aposta como
uma especie de índice do favoritismo de cada
um dos cardeais.
Na maior parte do tempo voltadas a especular
sobre resultados do esporte, a renúncia de
Bento 16 levou as casas inglesas a criar bolsas
de apostas onde se pode palpitar não só o
nome do cardeal eleito, mas também qual
será o nome religoso do futuro pontífice
(Pedro, favoritíssimo, pagava apenas uma
libra a cada outra apostada), sua idade e o
país de origem do futuro papa.
Conclave começa na terça-feira
O conclave que irá escolher o sucessor de
Bento 16 terá início no dia 12 de março. Uma
missa para eleger o novo papa ("Pro eligendo
Romano Pontífice") será celebrada na Basílica
de São Pedro na manhã de terça e os cardeais
eleitores ingressarão na Capela Sistina à tarde.
A informação foi confirmada pelo Vaticano na
tarde desta sexta-feira (8).
A escolha do novo pontífice será realizada por
115 cardeais --todos já estão no Vaticano,
inclusive os cinco brasileiros que participarão
da votação: dom Raymundo Damasceno Assis,
76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo
Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78;
e dom João Braz de Aviz, 64.
Funcionamento do conclave
Durante o conclave, todos os eleitores ficam
confinados na Capela Sistina. Na hora da
votação, cada cardeal escreve o nome do
candidato escolhido em uma cédula sob a
frase "Escolho como sumo pontífice" e
deposita seu voto em uma urna.

Os nomes escritos nas cédulas são lidos em
voz alta pelo cardeal camerlengo, Tarcisio
Berto, e seus três assistentes.
É declarado papa aquele que obtiver dois
terços mais um dos votos dos cardeais. Nesta
eleição, com um colégio de cardeais de 115
eleitores, o próximo pontífice terá que
receber ao menos 77 votos.
Após a escolha, o novo papa é apresentado
aos fiéis com a frase "Habemus Papam!".
Enquanto durar o conclave, os cardeais
ficarão hospedados na Casa Santa Marta,
alojamento que fica próximo à Capela Sistina,
onde acontecem as votações.
A fim de garantir o sigilo do conclave, um
esquema de segurança será montado para
permitir que os cardeais façam o trajeto entre
a Casa Santa Marta e a Capela Sistina sem
serem incomodados.
Lombardi ressalvou que nem todos os
cardeais gostam de pegar a van para ir de um
lugar a outro e preferir fazer o percurso a pé.
Se nenhum cardeal receber a quantidade
necessária, as cédulas são queimadas, uma
fumaça preta sai da chaminé da Basílica de
São Pedro e a votação é retomada.
Se os cardeais não chegarem a um consenso
até o quarto dia de votação, uma pausa é
feita para oração e diálogo entre os eleitores.
A votação reinicia no sexto dia e vai até o
12º. Outras pausas são feitas no sétimo e
décimo dia. Após 12 dias e 34 votações, o
sistema muda e a escolha passa a ser entre os
dois mais votados no 34º turno. No entanto,
permanece o quórum de dois terços.
Quando o novo papa é escolhido, uma fumaça
branca sai da chaminé e soam os sinos da
basílica como sinal de que a votação chegou
ao fim.

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