As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro
ocuparam as comunidades do Complexo do
Caju e da Barreira do Vasco, na madrugada
deste domingo (3). A ação também contou
com o Bope, a tropa de elite da polícia
carioca. É o início do processo de pacificação
das 13 favelas do Complexo do Caju, na zona
portuária do Rio. A região vai receber a 31ª e
a 32ª UPP do Rio de Janeiro.
As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro
ocuparam as comunidades do Complexo do
Caju e da Barreira do Vasco, na madrugada
deste domingo (3). A ação também contou
com o Bope, a tropa de elite da polícia
carioca. É o início do processo de pacificação
das 13 favelas do Complexo do Caju, na zona
portuária do Rio. A região vai receber a 31ª e
a 32ª UPP do Rio de Janeiro.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do
Rio, as forças policiais não dispararam um
tiro e levaram 25 minutos para tomar o
controle da região. Nenhum incidente grave
foi registrado, diz a secretaria.
Uma BMW branca que seguia em alta
velocidade pela avenida Brasil (via que dá
acesso ao local) fugiu após avistar o
policiamento. A polícia apreendeu até o
momento uma espada, 120 tubos de
'cheirinho-da-Loló' (entorpecente de
clorofórmio e éter), quatro coletes, uma
submetralhadora, uma imitação de
espingarda, uma réplica de fuzil, 160
papelotes de maconha, facas e um caderno de
anotações do tráfico.
Estratégia
Por volta das 5h, o Bope entrou no Complexo
do Caju através da favela do Parque Alegria
(próximo ao cemitério do Caju). Na chegada,
policiais em um blindado do tipo "piranha"
removeram uma barricada formada por duas
pedras grandes.
A Barreira do Vasco foi ocupada em apenas
10 minutos. Desse modo, segundo a PM, a
operação seguiu um esquema montado que
previa o fechamento das entradas do
complexo, em uma espécie de cerco.
Antes mesmo de amanhecer, um helicóptero
da polícia fez voos rasantes com o objetivo de
intimidar possíveis agressores, enquanto os
blindados davam passagem às tropas pelas
vielas da região.
Raio-x
As comunidades são alguns dos principais
redutos do tráfico de drogas do Estado.
Segundo o Instituto Pereira Passos (com base
no censo do IBGE de 2010), 20.212 mil
pessoas vivem na região.
Para a secretaria, o controle das favelas do
Complexo de Caju é fundamental para
ocupação do Complexo de Maré, outro reduto
do tráfico na capital fluminense. Além disso,
as autoridades de segurança visam garantir a
segurança nas vias pelas quais circularão as
pessoas que deverão vir à cidade para
acompanhar a Copa do Mundo de 2014 e os
Jogos Olímpicos de 2016.
Ajuda de moradores
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública
pede aos moradores das áreas ocupadas que
colaborem, denunciando criminosos e
foragidos da Justiça, esconderijos e locais
onde possam estar armas, drogas, objetos
roubados e produtos ilegais. Os moradores
podem ligar para o Disque-Denúncia,
2253-1177, ou para o 190 da PM.
O órgão pede ainda que os moradores andem
com documentos de identificação em mãos e
que os apresentem, quando solicitados;
motoristas e motociclistas deverão mostrar
documentos de propriedade de seus veículos e
ter a Carteira Nacional de Habilitação em dia.
No caso das motos, também será exigido o
uso de capacete, segundo a secretaria.
*Com informações de Hanrrikson de
Andrade e de Carolina Farias
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