sexta-feira, 1 de março de 2013

Uso de burca em declínio na capital do Afeganistão

Durante anos, a burca foi um dos objetos
mais associados com a imagem do
Afeganistão, por ser obrigatória para mulheres
durante o regime Talebã.
Mas hoje essas peças de vestuário, que muitas
vezes são apontadas como símbolo da
opressão feminina, estão cada vez mais raras
nas ruas de Cabul, a capital do país.
Comerciantes de burca afirmam que as vendas
estão caindo na cidade e levando muitos
negócios à falência, seja pelo desinteresse das
mulheres ou pela concorrência de peças mais
baratas vindas da China.
Até mesmo Bibi Akberi, costureira de burcas,
abandonou a vestimenta. Ela conta que, nas
primeiras vezes em que saiu à rua sem a
burca, se sentiu exposta. Mas se acostumou.
Agora, ela se sente sufocada cada vez que usa
a peça.
Mas há quem ainda defenda a antiga tradição.
Shamsia Hassani, que trabalha como artista de
rua, opina que esse tipo de véu é um símbolo
de força, e não de submissão.
Shamsia defende que não é o vestuário que
impede o avanço as mulheres afegãs, e sim o
pensamento por trás dele.

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