segunda-feira, 29 de abril de 2013

Bernardo diz à polícia que não conhecia Dayana e volta a negar agressões

O depoimento de Bernardo à Polícia Civil do
Rio de Janeiro foi marcado pela nova negativa
em torno da suposta agressão por parte dos
traficantes do Complexo da Maré e também
sobre a convivência com Dayana Rodrigues.
Segundo o advogado Elvis Paes, o jogador
colaborou com a investigação e cumpriu o
papel ao esclarecer o caso na 21ª DP
(Bonsucesso).
“Ele confirmou alguns fatos que a polícia está
investigando, mas deixou claro que não foi
agredido pelos traficantes. O Bernardo também
não conhecia a jovem envolvida na confusão. O
meu cliente segue no Rio de Janeiro e não
existe motivo para um novo depoimento”

O atleta vai se posicionar na próxima terça-
feira por meio de uma nota oficial e pretende
afastar o seu nome cada vez mais do caso. Na
quarta-feira, Bernardo opera o joelho esquerdo
e terá uma recuperação de pelo menos seis
meses.
A Polícia ainda vai ouvir Wellington Silva, do
Fluminense, e Charles, do Palmeiras. Os dois
estavam com Bernardo no Complexo da Maré
no último dia 21. De acordo com as primeiras
investigações, o meia do Vasco foi amarrado,
torturado e atingido por socos e pontapés. Ele
teria se relacionado com a mulher de um dos
líderes do tráfico na comunidade, Marcelo
Santos das Dores, conhecido como Menor P. A
mulher é Dayana Rodrigues, uma das
namoradas do bandido.
Segundo a investigação, Bernardo foi salvo pelo
lateral Wellington Silva, do Fluminense, nascido
e criado na comunidade. Ele pediu aos
traficantes para que não matassem o
companheiro, alegando que a retaliação seria
pior, visto que o local ainda não conta com
uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). O
volante Charles, do Palmeiras, também estava
presente.
Porém, Bernardo revelou a amigos que o
jogador do Fluminense só apareceu no local
após o desfecho do caso. O meia vascaíno
descartou ter passado por um período de
espancamento, mas confirmou que foi colocado
em um carro pelos bandidos e sofreu tortura
psicológica. O atleta foi ameaçado de morte e
levou tapas no rosto.
Dayana levou cinco tiros nas pernas de acordo
com os policiais. Outros dois disparos
atingiram a mulher de raspão. Ela foi internada
no hospital Souza Aguiar. Aquiles de Abreu
Rodrigues, de 56 anos, pai da jovem, negou o
relacionamento dela com Bernardo. O
aposentado chamou o jogador de “covarde” e
“safado” por ter confirmado a suposta mentira
do envolvimento com Dayana frente aos
bandidos do Complexo da Maré.

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