A Polícia Federal encaminhará à Justiça, nesta
semana, um pedido de quebra dos sigilos
bancários de Freud Godoy (foto), ex-
segurança e ex-assessor de Lula na
Presidência da República. A repórter Alana
Rizzo informa que a decisão foi tomada no
inquérito que apura informações prestadas em
depoimento por Marcos Valério. O operador
do mensalão falou à Procuradoria-Geral da
República em setembro do ano passado e foi
reinquirido pela PF nesta terça (23, em
Brasília.
Valério reiterou que parte da verba de má
origem do mensalão custeou “despesas
pessoais” de Lula em 2003, quando ele já era
presidente. O dinheiro –cerca de R$ 100 mil,
segundo Valério— foi depositado na conta de
uma empresa de segurança chamada Caso,
que tinha como sócio Freud Godoy. Ele
também deve ser inquirido pela PF nos
próximos dez dias.
Deve-se a movimentação da PF ao procurador
da República Leonardo Augusto Santos Melo.
Em ofício encaminhado à Superintendência da
PF em Minas Gerais, no dia 22 de fevereiro,
ele solicitara um detalhamento do destino de
recursos movimentados no esquema do
mensalão. Transcreveu trechos do depoimento
de Valério –aquele de setembro. Além de
Freud, a investigação envolve outros 25
destinatários de verbas –entre pessoas físicas
e empresas.
Em 2005, ano em que o mensalão ganhou as
manchetes, a CPI dos Correios detectara um
repasse de R$ 98,5 mil da SMP&B para a
firma Caso, de Godoy. O depósito foi feito no
primeiro mês da gestão de Lula, em 21 de
janeiro de 2003. Valério entregou à PF cópia
do cheque.
Freud disse que o dinheiro custeou serviços
que sua empresa prestara à campanha de Lula
em 2002. Coisa não formalizada em contrato,
afimou. Em resposta a Valério,o ex-assessor
de Lula declarou que suas contas já foram
viradas do avesso pelos órgãos de controle.
Lula evita falar sobre o assunto. Na única
declaração pública que fez sobre o
depoimento de Valério, ainda no ano passado,
disse que ele mente.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
PF quer quebrar o sigilo de ex- assessor de Lula
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