terça-feira, 23 de abril de 2013

Paraguaio Nicolas Leoz anuncia saída do comando da Conmebol

O paraguaio Nicolas Leoz anunciou em
entrevista nesta terça-feira que deixará a
presidência da Conmebol (Confederação Sul-
Americana de Futebol) e seu cargo no comitê
executivo da Fifa por motivos de saúde. O
dirigente de 84 anos passou pela quarta
cirurgia do coração em dezembro.
“Eu me sinto muito feliz, porque estou me
aposentando com a tranquilidade e
conhecimento de ter feito um trabalho honesto
e sincero. Colocarei meu cargo na Conmebol à
disposição no dia 30 em reunião com os
presidentes das federações nacionais”, falou
Leoz. "Mentalmente, me sinto muito bem. O
problema é realmente físico. Cheguei em uma
idade que devo deixar a vaga para mais
jovens."
A Fifa se manifestou por meio de uma carta
oficial onde reconhece a saída do paraguaio de
seu comitê. “A Fifa tomou conhecimento da
renúncia formal de Nicolas Leoz como membro
do comitê executivo da Fifa e presidente da
Conmebol para a saúde e razões pessoais”, diz
comunicado da entidade máxima do futebol.
Leoz presidia a entidade desde 1986. Quem
deve assumir o cargo será o vice-presidente, o
uruguaio Eugenio Figueiredo.
Antes de chegar à presidência da Conmebol, o
cartola foi presidente da Confederação
Paraguaia de Basquete, presidente da
Associação Paraguaia de Futebol e dirigiu o
Libertad, clube da primeira divisão de seu país.
Acusação de suborno
Em janeiro deste ano, a revista francesa France
Football fez matéria em que acusa Leoz de ter
recebido suborno em 2010 para votar no Qatar
como sede da Copa do Mundo de 2022, país
que acabou sendo escolhido.
"Que alguém tenha me oferecido sequer um
centavo, não é verdade, jamais. De modo que,
se querem abrir um julgamento, me parece
fantástico. Não tenho nenhum problema, pelo
menos da minha parte estou aberto a qualquer
investigação", disse o dirigente, ao se defender
na época.
A eleição se celebrou em outubro de 2010, e
Qatar ganhou com votos de 14 dos 22
membros do comitê da Fifa, se impondo sobre
Estados Unidos, que era considerado para ser a
sede de uma das competições mais importantes
do mundo pela segunda vez.
Um pouco depois da vitória de Qatar, o ex-
vice-presidente da Fifa, o trinitino Jack Warner,
fez correr o rumor de que Leoz havia sido um
dos membros do comitê que recebeu US$ 20
milhões por parte do Qatar para dar voto
favorável, informou a agência alemã de notícias
DPA.

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