quarta-feira, 24 de abril de 2013

Protesto contra Feliciano tem beijaço e casamento gay; quatro são detidosnoti

Em mais um dia de protestos contra a
permanência do deputado Marco Feliciano
(PSC-SP) no comando da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara,
manifestantes promoveram um beijaço gay e
simularam dois casamentos homoafetivos em
frente ao Congresso Nacional.
Quatro manifestantes foram detidos pela
Policia Legislativa após fixarem na janela do
15º andar do prédio da Câmara uma bandeira
com o símbolo do arco-íris. Eles foram
conduzidos para prestar esclarecimentos.
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de Direitos Humanos
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Feliciano também encontrou protestos pelos
corredores da Câmara. Ele deixou ativistas
contrários a sua permanência do lado de fora
da comissão, mas um grupo de 60 evangélicos
foi autorizado a permanecer com cartazes em
sua defesa.
O deputado foi bastante aplaudido ao entrar
na comissão. Alguns aliados fizeram discurso
de desagravo com ataques aos ativistas.
Feliciano chegou a dizer que recomendou aos
seguranças que analisassem o perfil das
pessoas que queriam assistir a comissão.
As críticas do deputado foram rebatidas por
Antônio José, servidor ligado a entidades
rurais. "Isso aqui é uma grande farsa. Eu
quase não consegui entrar." Ele foi retirado
por três seguranças a força, levando
empurrões.
Feliciano criticou, mais uma vez, os protestos.
"Eu sinto que há um desejo de desestabilizar a
nossa comissão."
Para o deputado, o tom dos protestos, que
chegou a ter palavrões, não é democrático e
"não faz parte do comportamento de pessoas
de bem".
Feliciano disse que tentou procurar os
parlamentares ligados aos direitos humanos
que deixaram a comissão por sua presença no
comando do colegiado. "Não tem acordo. Eles
dizem que são extremos."
INVESTIGAÇÃO
A Câmara informou que os quatro estudantes
serão investigados porque, depois de tentarem
colocar uma segunda bandeira na janela de
uma das salas, fecharam uma sala onde
funciona uma copeira.
A Polícia Judiciária da Câmara vai investigar se
a copeira ficou trancada ou se a porta foi
apenas fechada, sem chave.
Os policiais querem saber se houve invasão do
ambiente de trabalho dos servidores.
Os estudantes não foram presos, apenas
foram conduzidos à Polícia Judiciária para
prestar depoimento. Mas, eles utilizaram o
direito constitucional de ficar calado e não
chegaram a prestar depoimento.
Os detidos apenas assinaram o Termo de
Compromisso de Comparecimento. Foi aberto
o Boletim de Ocorrência 112/2013.
A Polícia Judiciária tem até 30 dias para
concluir o caso. Se entender que houve
contravenção penal, um termo é encaminhado
para a Justiça Federal.
Nesse caso, não há inquérito, porque não se
trata de crime com pena superior a 2 anos.

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