Os atentados ocorridos nesta segunda-feira
(15), durante a maratona de Boston (EUA),
acontecem em um momento no qual os norte-
americanos estão imersos em um apaixonado
debate sobre o controle das armas de fogo,
após o massacre ocorrido em meados de
dezembro, em uma escola em Newtown, em
Connecticut, que deixou 26 pessoas mortas.
Três explosões registradas em Boston
causaram a morte de três pessoas, entre elas
uma criança de oito anos, e deixaram pelo
menos 140 pessoas feridas, segundo informou
a rede de TV americana "CNN"
No passado, as tentativas do governo de pôr
limites à circulação das armas de fogo entre a
população, sobretudo das mais mortíferas,
contrariou os grupos nacionalistas mais
extremistas que defendem, inclusive
violentamente, o direito de ter armas no país.
Segundo lembrou nesta segunda-feira o jornal
"The Washington Post", a perspectiva de uma
legislação federal sobre as armas de fogo
exacerbou a atividade dos grupos
"patrióticos" mais violentos, de acordo com
um recente relatório do Southern Poverty Law
Center, especializado no acompanhamento
desses grupos.
De acordo com essa organização, os grupos
patrióticos alcançaram níveis recorde em
2012 e experimentaram um crescimento de
813% nos últimos quatro anos.
Os EUA não assistiam a cenas como as de
Boston, com corpos ensanguentados,
membros soltos e expressões de
atordoamento e dor, desde os atentados
perpetrados pela Al Qaeda em 11 de setembro
de 2001.
No entanto, a origem das bombas de Boston
pode estar muito mais perto. Em carta
dirigida ao secretário de Justiça, Eric Holder,
no mês passado, o Southern Poverty Law
Center alertava que, como no período
anterior ao atentado de Oklahoma, se assiste
a uma multiplicação das ameaças por parte
desses grupos que temem que o governo
acabe tirando suas armas.
Em 19 de abril de 1995, o terrorista
americano Timothy Mcveigh explodiu um
caminhão-bomba perante um edifício federal
na cidade de Oklahoma, matando 168
pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário