quinta-feira, 18 de abril de 2013

Empresários tentam tirar do papel reforma da passarela de Congonhas

Os problemas na passarela do aeroporto de
Congonhas, na zona sul de São Paulo, se
arrastam há pelo menos nove anos. Agora,
empresários da região se articulam para
tentar tirar do papel um projeto de reforma.
Prefeitura vai escorar passarela abandonada
em Congonhas
Segundo Carlos Alberto Camargo, da Aspa
(Associação dos Amigos da Passarela de
Congonhas), o projeto começou em 1999, mas
demorou anos para ser aprovado pelos órgãos
de defesa do patrimônio estadual e municipal.
A passarela, projetada pelo arquieteto
Vilanova Artigas, autor do prédio da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
e do estádio do Morumbi, foi inaugurada em
1974 e depois tombada.
De acordo com Camargo, o projeto da
reforma, que prevê cobertura na passarela e
elevadores dos dois lados, foi orientado pelo
filho de Artigas.
Em 2005, um protocolo chegou a ser foi
assinado entre a Aspa, a Infraero (estatal
responsável pelo aeroporto) e a prefeitura
para o início das obras, mas uma investigação
do Ministério Público contestou o projeto e
culminou em ação civil pública cinco anos
depois.

O promotor José Carlos de Freitas diz que ele
fere as características originais da obra e que
atende a interesses particulares. Por isso,
pediu que a prefeitura fosse obrigada a
reformar a passarela, retirá-la do local e
construir outra, mais moderna.
O pedido foi negado nas duas instâncias, mas
o mérito ainda não foi julgado.
"Claro que temos interesse, não é filantropia.
Mas a reforma fará bem pra todos, a
passarela é a porta de entrada de São Paulo",
diz Camargo, um dos empreendedores do
hotel Ibis, localizado logo em frente.
"Mas ninguém vai começar uma obra com
uma ação dessas em andamento."
A associação agora busca o apoio de
personalidades ligadas à causa da
acessibilidade e quer fazer um acordo com a
Promotoria, para evitar novas contestações.
Depois, segundo Camargo, terá que se reunir
novamente com os envolvidos para viabilizar a
obra, que deve custar mais de R$ 4 milhões.
Um pedido de conciliação foi registrado na
Justiça no fim do ano, mas o juiz do processo
ainda não decidiu.
"Eu não recebi nada nesse sentido, mas pedi
uma vistoria no local desde o ano passado. A
liminar foi negada porque a prefeitura disse
que estava tomando medidas, mas nada foi
feito até agora", diz o promotor.
A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras
informou que "está em tratativas com outros
órgãos da prefeitura para definir sobre a obra
de recuperação ou construção de uma nova
passarela para atender a demanda do
aeroporto".
Já a Infraero afirmou que teria que reavaliar
sua participação em eventual reforma, mas
que a revitalização da passarela "garantirá
maior conforto e segurança aos seus usuários
e passageiros".

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