O ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho e o
ex-secretário de segurança pública de São
Paulo Pedro Franco de Campos chegaram por
volta de 8h40 desta terça-feira (16) ao Fórum
Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São
Paulo, onde devem ser ouvidos na condições
de testemunhas da defesa dos 26 policiais
militares acusados pelo morte de 15 dos 111
detentos assassinados no episódio.
Fleury era governador do Estado na época do
massacre. Franco de Campos ocupava a pasta
da Segurança Pública. Além deles, Outras três
testemunhas já estão confirmadas: os
desembargadores Ivo de Almeida, Fernando
Antonio Torres Garcia e Luis Augusto San Juan
França, que eram juízes corregedores à época
da invasão. Eles estiveram no presídio horas
depois da ação da PM no local.
O júri teve início nessa segunda-feira (15)
com o depoimento de cinco testemunhas
de acusação : três sobreviventes do massacre,
um agente penitenciário do Carandiru e um
perito criminal aposentado, que, à época,
assinou o laudo do IC (Instituto de
Criminalística) sobre as condições do local.
Nem os promotores Fernando Silva e Márcio
Friggi, nem a advogada Ieda Ribeiro de Souza
falaram com a imprensa no primeiro dia de
julgamento.
Nos dias que antecederam o júri, a advogada
dos PMs classificou como "essencial" o
depoimento do ex-governador, à medida em
que, segundo ela, Fleury é quem poderá
esclarecer de onde partiram as ordens para
que os policiais invadissem o pavilhão 9.
Foi nesse prédio em que todos os 111
internos foram assassinados, mas os
julgamentos foram separados em quatro
partes pelo juiz do caso, José Augusto Nardy
Marzagão, uma vez que grupos distintos da
PM teriam sido responsáveis pelos
assassinatos em andares diferentes do
pavilhão.
A previsão do magistrado é que todos os 79
policiais que são réus sejam julgados até o
final deste ano.
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