Sem episódios inéditos desde 1998, 'Seinfeld' rende US$ 3,1 bi em reprises

"Seinfeld", a série de TV "sobre o nada",
certamente serve para alguma coisa.
Depois da mais recente rodada de contratos
de licenciamento, a série passou a acumular
US$ 3,1 bilhões (R$ 6,26 bilhões) em receitas
de retransmissão desde que saiu do ar pela
rede americana NBC, em 1998.
"Seinfeld" foi uma das séries de maior
sucesso na NBC e ficou no ar por nove
temporadas, a partir de 1989. Desde então,
vem gerando enorme receita, desfrutando de
muito sucesso em sua vida pós-rede graças a
acordo de licenciamento com emissoras
independentes dos EUA.
A mais recente rodada de negociações traz o
faturamento total que a série propiciou aos
seus cocriadores Jerry Seinfeld e Larry David a
US$ 400 milhões cada um, segundo uma
pessoa que conhece bem a questão.
Os dois têm contratos de participação nos
lucros com a Warner Brothers, que controla
os direitos sobre a série.
A mais recente rodada de licenciamento
destaca o valor da TV aberta, a despeito das
mudanças de hábitos dos telespectadores.
A lucratividade da série -as receitas de um
acordo de licenciamento representam quase
só lucro, pois já não há custos de produção
do programa- é impressionante se comparada
às de algumas empresas de mídia. No mesmo
período de 15 anos, a produtora de games
Electronic Arts lucrou US$ 2 bilhões.
"Seinfeld" obteve a maior parte de seu
faturamento na TV por meio dos contratos de
reprise. Os episódios do programa não estão
no iTunes e dificilmente serão colocados à
venda dessa forma enquanto houver canais de
TV interessados em transmiti-los.
"Seinfeld" não foi um sucesso imediato
quando estreou, em 1989, e demorou um
pouco a criar audiência.
Mas, quando chegou à quarta temporada na
NBC, hoje controlada pela operadora de TV a
cabo Comcast, já liderava o ranking.
"Seinfeld" se tornou o ponto alto das noites
de quinta da rede, permitindo a venda de
comerciais com preço acima da tabela, em
um dia e horário que causam problemas à
NBC desde o fim da série.