O Jockey Club de São Paulo abriu
concorrência pública, com lance inicial de R$
90 milhões, para vender o prédio de sua sede
na região central da cidade, no número 280
da rua Boa Vista.
Com dívidas que chegam a R$ 390 milhões
com a prefeitura, quase 80% relativos ao
atraso no pagamento de IPTU, o clube
pretende usar uma parte do dinheiro para
quitar o débito e outra parte para reformar as
instalações do hipódromo, no bairro de
Cidade Jardim, na zona oeste da capital.
A sede atual do clube, inaugurada no início
dos anos 1960, "tem 34.331,88m², composto
de três subsolos, pavimento térreo e 16
andares, tendo o terreno área superficial de
2.615,86 m²", informa o edital de venda do
prédio, publicado no site do Jockey Club.
O prédio tem ainda 415 vagas de garagem em
um dos pontos mais movimentados do centro
- os pagamentos de aluguéis rendem R$ 4,5
milhões por ano ao clube.
A venda do prédio foi aprovada em
assembleia realizada no dia 27 de novembro
do ano passado - dos 249 associados que
participaram da reunião, apenas 18 se
posicionaram contra a venda.
No edital, o Jockey diz que o comprador
poderá assumir parte da dívida do clube e
descontar do valor total do prédio. Dessa
forma, o débito com o governo municipal
seria pago em juízo pelo comprador.
Em 2008, a Prefeitura chegou a pedir a
penhora dos bens do Jockey por causa dos
atrasos no pagamento do IPTU. Mas, a partir
de 2011, o clube renegociou o pagamento de
R$ 154 milhões em 120 parcelas.
O parcelamento da dívida permite ao clube a
venda do prédio do centro, informa o edital
da concorrência. As informações são do jornal
"O Estado de S. Paulo".
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